Antes de discorrer sobre os gêneros textuais jornalísticos, vamos começar pela definição de Gêneros Textuais.
Existem infinitos tipos de texto que podem ser usados na língua escrita ou oral. Nosso cotidiano é cheio de momentos que usamos textos, desde pedir açúcar no café da manhã até apresentar um trabalho acadêmico na faculdade; conversas, pedidos, reivindicação de algo etc. Os gêneros textuais servem para separar esse monte de textos e classificá-los para melhor entendermos nossa linguagem. Quando os textos têm um conjunto de características parecidas, seja no conteúdo, na estrutura ou tipo de linguagem, constitui-se o gênero textual.
Alguns exemplos de gêneros são Argumentativo, Relato, Expositivo, Instrucional, Narrativo (este último pode ser subdividido em vários grupos, tais como Conto de fadas; Fábula; Lenda; Narrativa de ficção científica; Romance; Conto; Piada…) e Jornalísticos.
No gênero textual jornalístico é possível encontrar muitos grupos, dos quais selecionei 4 para falar aqui:
CHARGE
É um texto, mas em forma de desenho. Utiliza a caricatura para satirizar um fato, criticar um problema político-social através do humor para informar a população. É uma forma de expressão que algumas pessoas, os chargistas, encontram para expor graficamente suas opiniões, observações. A charge é facilmente assimilada pela população, pois usa uma linguagem simples, basta estar por dentro das coisas que se passam ao redor. Por conta da popularidade e teor crítico, as charges foram muito temidas pelas autoridades na ditadura, sendo perseguidas e censuradas nos veículos informativos da época.
COLUNA SOCIAL
Pouco depois do surgimento do jornal impresso foram criadas as colunas jornalísticas que, ao contrário das notícias, não tinham a obrigação de serem noticiosas. Seu conteúdo era composto pelo que o autor se interessasse em colocar, desde que fosse relevante e concordasse com o ponto de vista do jornal. Foram denominadas “colunas” por possuírem, inicialmente, um espaço predeterminado, resumindo-se a uma única coluna vertical no diagrama do jornal. Com o tempo o formato ficou mais flexível, mas mantem ainda o estilo que pede informações curtas em forma de observações ou notas.
Partindo dos vários tipos de colunas, nos vem a coluna social, cujo objetivo é, como o próprio nome indica, cobrir pessoas da sociedade, geralmente personalidades mais conhecidas, a fim de contar à população sobre seu cotidiano e novidades mais íntimas. Esse tipo de jornalismo também é conhecido por publicar os chamados “mexericos” e gerar boatos sobre as celebridades em busca de audiência. As colunas sociais São também conhecidas como Imprensa Rosa e estão muito presentes em revistas como Caras, Quem, ISTOÉ, Gente etc.
EDITORIAL
Os textos editoriais podem ser encontrados tanto em jornais como em revistas, e sua característica principal é que não precisa ser imparcial e tão objetivo quanto à informação de um acontecimento. Os fatos são relatados pelo ponto de vista subjetivo do autor/empresa e, por conta disso, assume o caráter de texto crítico, pois carrega a opinião do jornal que o veicula, tendo, só em algumas exceções a assinatura do autor principal que o construiu.
ENTREVISTA
Este gênero constitui-se essencialmente da conversação entre repórter e entrevistado, seja presencialmente, por e-mail, telefone ou pelas novas tecnologias, como Whatsapp (aplicativo para envio de mensagens) e Skype (chamadas de vídeo).
Como a qualidade da entrevista depende muito do conhecimento do repórter acerca do entrevistado, recomenda-se uma pesquisa aprofundada sobre a pessoa ou assunto a fim de criar uma base para a elaboração das perguntas. Após a preparação, escolhe-se o dia, o local (se for presencial) e a hora. O terceiro passo da entrevista é a transcrição e edição do diálogo para a publicação, devendo haver efetiva fidelidade ao que foi dito.