10) Gêneros Textuais Jornalísticos

Antes de discorrer sobre os gêneros textuais jornalísticos, vamos começar pela definição de Gêneros Textuais.

Existem infinitos tipos de texto que podem ser usados na língua escrita ou oral. Nosso cotidiano é cheio de momentos que usamos textos, desde pedir açúcar no café da manhã até apresentar um trabalho acadêmico na faculdade; conversas, pedidos, reivindicação de algo etc. Os gêneros textuais servem para separar esse monte de textos e classificá-los para melhor entendermos nossa linguagem. Quando os textos têm um conjunto de características parecidas, seja no conteúdo, na estrutura ou tipo de linguagem, constitui-se o gênero textual.

Alguns exemplos de gêneros são Argumentativo, Relato, Expositivo, Instrucional, Narrativo (este último pode ser subdividido em vários grupos, tais como Conto de fadas; Fábula; Lenda; Narrativa de ficção científica; Romance; Conto; Piada…) e Jornalísticos.

No gênero textual jornalístico é possível encontrar muitos grupos, dos quais selecionei 4 para falar aqui:

CHARGE

É um texto, mas em forma de desenho. Utiliza a caricatura para satirizar um fato, criticar um problema político-social através do humor para informar a população. É uma forma de expressão que algumas pessoas, os chargistas, encontram para expor graficamente suas opiniões, observações. A charge é facilmente assimilada pela população, pois usa uma linguagem simples, basta estar por dentro das coisas que se passam ao redor. Por conta da popularidade e teor crítico, as charges foram muito temidas pelas autoridades na ditadura, sendo perseguidas e censuradas nos veículos informativos da época.

charge relacionada às escolas de samba do carnaval brasileiro

COLUNA SOCIAL

Pouco depois do surgimento do jornal impresso foram criadas as colunas jornalísticas que, ao contrário das notícias, não tinham a obrigação de serem noticiosas. Seu conteúdo era composto pelo que o autor se interessasse em colocar, desde que fosse relevante e concordasse com o ponto de vista do jornal. Foram denominadas “colunas” por possuírem, inicialmente, um espaço predeterminado, resumindo-se a uma única coluna vertical no diagrama do jornal. Com o tempo o formato ficou mais flexível, mas mantem ainda o estilo que pede informações curtas em forma de observações ou notas.

Partindo dos vários tipos de colunas, nos vem a coluna social, cujo objetivo é, como o próprio nome indica, cobrir pessoas da sociedade, geralmente personalidades mais conhecidas, a fim de contar à população sobre seu cotidiano e novidades mais íntimas. Esse tipo de jornalismo também é conhecido por publicar os chamados “mexericos” e gerar boatos sobre as celebridades em busca de audiência. As colunas sociais São também conhecidas como Imprensa Rosa e estão muito presentes em revistas como Caras, Quem, ISTOÉ, Gente etc.

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EDITORIAL

Os textos editoriais podem ser encontrados tanto em jornais como em revistas, e sua característica principal é que não precisa ser imparcial e tão objetivo quanto à informação de um acontecimento. Os fatos são relatados pelo ponto de vista subjetivo do autor/empresa e, por conta disso, assume o caráter de texto crítico, pois carrega a opinião do jornal que o veicula, tendo, só em algumas exceções a assinatura do autor principal que o construiu.

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ENTREVISTA

Este gênero constitui-se essencialmente da conversação entre repórter e entrevistado, seja presencialmente, por e-mail, telefone ou pelas novas tecnologias, como Whatsapp (aplicativo para envio de mensagens) e Skype (chamadas de vídeo).

Como a qualidade da entrevista depende muito do conhecimento do repórter acerca do entrevistado, recomenda-se uma pesquisa aprofundada sobre a pessoa ou assunto a fim de criar uma base para a elaboração das perguntas. Após a preparação, escolhe-se o dia, o local (se for presencial) e a hora. O terceiro passo da entrevista é a transcrição e edição do diálogo para a publicação, devendo haver efetiva fidelidade ao que foi dito.

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9) Análise

Dos tantos filmes que possam existir, das mais baixas às mais altas qualidades, produzidos pelas mais diversas equipes de filmagem e com as infinitas visões de mundo que carregam, é impossível que uma pessoa concorde com todos ao mesmo tempo. Esse discordar acontece porque uma visão interna, formada pelas crenças, valores, ideologia, cria uma barreira quando se depara com algo que vai contra ou fere esses ideais. Entretanto, quando algo – a mídia, por exemplo – faz com que filmes com determinada ideologia circulem constantemente pela televisão aberta, essa frequência acaba tornando-a natural e aceita pela população mais leiga, como uma forma de manipulação.

8) Exemplo de intertextualidade

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A intertextualidade necessita de um amplo conhecimento de mundo, ou de uma área específica, para percebê-la. É o que acontece com esse texto de Vanessa Mello, onde foram utilizados vários livros como referência para construir sua história:

No segundo parágrafo, a autora faz referência a três livros: “Paris é uma festa” (E. Hemingway), “A moreninha” (J. M. de Macedo) e “Metamorfose” (F. Kafka). No terceiro, a “Dona Flor e seus dois maridos” (J. Amado) e “Valsa para Bruno Stein” (C. Kiefer). No quarto, a “Chateau, o rei do Brasil” (F. Moraes). No quinto, a um livro de Amir Link. Mais adiante, a Maurício Cardoso e finalmente, a “Vidas Secas” (G. Ramos). 

7) O que é Intertextualidade

É um texto dentro de outro. Só que como referência. Toda vez que lemos um texto e percebemos nele a referência de outro texto, seja explicitamente (quando o autor divulga o nome do autor da obra) ou implicitamente (quando sabemos que existe ali uma referência, mas não é citada), há intertextualidade. Mas, apesar do nome, ela pode aparecer tanto em textos, quanto em filmes, música, pintura, novela, qualquer forma de expressão etc. A intertextualidade divulga a base, ou parte dela, pela qual o autor se firmou e isso é muito bom para conhecer as influências que levaram o autor a construir seu trabalho.

Partindo disso, existem duas formas de intertextualidade:

A Paráfrase

Nela diz-se com outras palavras o que já foi dito. É a reconstrução de uma determinada obra mantendo o mesmo sentido, considerando as mesmas ideias:

Trecho original

“A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.” (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo)

Reescrevendo como paráfrase

I – No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet.
II – Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um.

A Paródia

Esta funciona para contestar ou ridicularizar outras obras. Geralmente provocando o riso, como acontece, por exemplo, com programas humorísticos onde os personagens são caricaturas; e/ou reflexão:

Mona Lisa, Leonardo da Vinci, 1503

Mona Lisa (original), Leonardo da Vinci, 1503

Mona Lisa, Marcel Duchamp, 1919

Mona Lisa, Marcel Duchamp, 1919

Duchamp fazia assim chamadas “interferências”. Pintou bigodes na Mona Lisa, para demonstrar seu desprezo pela arte tradicional.

Mona Lisa, propaganda da BomBril (intertextualidade na propaganda)

Mona Lisa, propaganda da BomBril (intertextualidade na propaganda)

 

6) Língua, Linguagem, Ideologia, Crenças e Valores? O que são?

Língua é um conjunto de símbolos (palavras) e regras gramaticais que permitem que um determinado grupo possa se comunicar e se compreender. Exemplos: língua portuguesa, espanhola etc.

A linguagem é uma das formas de expressão que dá ao mundo a capacidade de interagir, se comunicar e se entender; é o meio pelo qual podemos expor sentimentos, emoções, informações e opiniões. Onde há interação, algum processo comunicativo, há linguagem e esta está dividida em dois tipos: a linguagem verbal – que faz uso das palavras para falar algo – e a linguagem não verbal, que utiliza outros métodos de comunicação, como gestos, sinais, figuras, placas, o próprio corpo.

A ideologia, por sua vez, é um modo de enxergar o mundo partindo de algumas crenças e/ou doutrinas criadas, seja individual ou coletivamente. A meu ver, uma ideologia pode ser útil para dar direção a quem a tem, pois é a partir dela que haverá movimento e desenvolvimento pessoal/coletivo. Porém, por ser baseada em uma forma de ver, pode gerar preconceito com relação às demais ideologias existentes, inverdades podem ser tomadas como verdades absolutas, e quem não tem um senso crítico apurado acaba sendo levado pela “onda”. 

Crença é o estado psicológico em que um indivíduo detém uma proposição ou premissa para a verdade, ou ainda, uma opinião formada ou convicção” (Wikipédia).  

Assim como os valores, as crenças são muito importantes para definir o comportamento de cada pessoa, pois interferem profundamente na forma como enxergam o mundo e interagem com ele. A crença é relacionada principalmente à religiosidade, se o indivíduo acredita em Deus ou não, se acredita em santos, diabo, espíritos, se as pessoas ressuscitam ou desaparecem de vez. São consideradas as maiores motivadoras de atitudes e movimentos (sociais ou individuais) pela crença nessa verdade escolhida para seguir. A crença é, como se percebe, a base fundamental para as ideologias firmarem-se.

Pode-se dizer que valores são um conjunto de características individuais, essencialmente positivas, que determinam a maneira como uma pessoa ou organização interage com outras pessoas e com o meio ambiente. A reflexão e desenvolvimento interior dos valores humanos permitem uma melhor convivência entre todos, pois eles são a forma mais fácil de alcançar o respeito e a solidariedade coletiva.

Exemplos de valores humanos: perdoar, cooperar, dialogar, ser sincero, não praticar violência etc. Mas existem outros tipos de valores, como o valor atribuído a um objeto ou algo abstrato.

Ex. 1: um prato de comida pode ter tanto um valor econômico (preço) quanto valor gastronômico (aparência, cheiro, sabor) ou valor nutricional (valor alimentício para a saúde).

Ex. 2: à uma música podem ser atribuídos valores estéticos ao analisar-se a letra, a composição instrumental, mas não lhe podem atribuir valores nutricionais ou gastronômicos…

 

4) Função Referencial e Função Emotiva

Referencial

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Como característica da função referencial (ou denotativa) o texto acima transmite uma informação objetiva da realidade com imparcialidade – em nenhum momento houve opinião ou avaliação pessoal do autor sobre os ovos da galinha, apenas citou as respostas de especialistas, os veterinários, e mostrou outras situações pelas quais os ovos ainda dentro da galinha podem se submeter. Os textos dessa função também devem ser sempre escritos em 3ª pessoa (singular ou plural), como no exemplo.

Emotiva 

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Essa função expressa o estado de ânimo do emissor, a mensagem centra-se em suas opiniões, sentimentos e emoções, sendo um texto completamente subjetivo e pessoal. No quadrinho acima, os trechos, “Eu já olhei em todo canto!” e “Oh, AQUI está!” e os demais seguidos de exclamação expressam impaciência, raiva. Outro indicativo da função emotiva é o uso das reticências.

Exemplo 2:

 “Pelo amor de Deus, preciso encontrar algo, nem que sejam cinco reais…”

3) Funções da linguagem

A linguagem tem um multiplicidade incrível e possui peculiaridades que dependem muito da intenção de quem fala. Assim, divide-se em seis funções:

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Função Expressiva ou Emotiva: expressa o estado de ânimo do emissor. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, portanto, é sempre em 1ª pessoa. Em textos, alguns de seus indicativos são sinais de exclamação e reticências, pois transmitem a subjetividade da mensagem. Ex: “Ah, que coisa boa!”; é encontrada em biografias; cartas de amor etc.

Função Denotativa ou Referencial: transmite uma informação objetiva da realidade com imparcialidade. É utilizada principalmente em textos jornalísticos, científicos, técnicos, didáticos.

Função Conativa ou Apelativa: busca convencer, influenciar o receptor ou dar ordens. É muito utilizada em textos publicitários (“Não perca essa promoção!”;“Ana, venha aqui agora!”), discursos políticos ou de autoridade.

Função Fática: tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper uma comunicação. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento (“Como vai, tudo certo?”) ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido (“sim, claro, sem dúvida”, “entende?”, “não é mesmo?”).

Função Metalinguística: ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. Ex: um texto que comenta outro texto; dicionários; ou um poema que fala da própria ação de se fazer um poema.

Função Poética: com ela o emissor quer fugir das formas habituais de expressão, no caso, escrita. Preocupa-se mais em como dizer do que o com o que dizer. O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo. Apesar de ser atribuída principalmente na poesia e literatura, é também usada no cotidiano por expressões de cunho metafórico e publicitário. Ex: “… a lua era um desparrame de prata” (Jorge Amado).

2) Os 8 itens importantes da comunicação

Existem vários termos importantes para uma comunicação ser possível. Estes são alguns que facilitam, e muito, o bom entendimento entre receptor e emissor:

Informatividade – Um discurso de caráter argumentativo tem, essencialmente, a finalidade de convencer o leitor/ouvinte da ideia que lhe é passada. Dentro do conceito de discursos dissertativos-argumentativos existem textos com diferentes graus de informatividade. Esta é medida através do que o leitor/ouvinte julga como um conhecimento novo, de valor para si. A depender do assunto, de sua estruturação ou talvez de como ele é transmitido, o receptor vê-se mais interessado por uns textos do que por outros. Um texto com baixo grau de informatividade é aquele que o receptor acha que não lhe acrescentou algo a mais ao que já sabe ou acredita – não significando que a informação é ruim ou de baixa qualidade.

Exemplo:

“Suponhamos que num texto contenha a presença de um cartum, de uma charge, enfim, e que o discurso contido nesses gêneros aluda  a uma situação que faz parte do conhecimento da maioria dos interlocutores” (site portugues.com.br).

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Já discursos com grau médio de informatividade ocorrem, por exemplo, nas notícias de jornais, revistas, mídia em geral que, além de mobilizar o repertório cultural do leitor/ouvinte ainda lhe acrescentam informações novas.

Os de alto grau de informatividade já são voltados para um público mais seleto por conter um conteúdo mais específico e, por isso, elaborado. É o caso de artigos científicos etc.

Redundância – É a repetição da informação. Possui caráter positivo quando se trata da informação, quando é proposital, usada como recurso expressivo. Esse tipo de redundância enriquece o texto.

Exemplo: “Posso afirmar que escutei com meus próprios ouvidos aquela declaração”

Entretanto, a redundância pode adquirir um lado negativo, que ocorre de maneira  inconsciente.  Um texto ou discurso redundante toma a característica de previsibilidade por percorrer o óbvio – denominado pleonasmo vicioso – torna-se chato, cansativo por sobrecarregar a mensagem.

Exemplos:

  1. Conviver junto               e. Inaugurar o novo recinto
  2. Elo de ligação                  f.  Manter o mesmo
  3. Encarar de frente          g. Há anos atrás
  4. Ganhar grátis                  h. Sorriso nos lábios

Praça Congresso-Pleonasmp

 

Motivação – É quando o emissor é motivado por alguma coisa para se comunicar com o receptor. Exemplo:

João(emissor) falou com Antônio(receptor), pois estava se sentido incomodado com determinadas atitudes dele(motivação).

Entropia – Na comunicação, é a medida da desordem ou da imprevisibilidade de uma informação. Ou seja, quando ocorre perda de informação numa comunicação, há entropia, e quanto maior a dispersão da mensagem transmitida, maior o grau de entropia.

Esses prejudicadores da transmissão de mensagens podem ser dos mais diversos – interferências, desatenção, falha na comunicação – e recebem o nome de “ruído”. Um exemplo de ruído é a barreira imposta pelos “donos da mídia” que, ao manterem o controle dos meios de comunicação, muitas vezes não permitem que os receptores recebam informações completas ou totalmente verdadeiras.

Além disso, entropia é uma forma de se comunicar através de um vocabulário mais singular, mais rico, que dá ao texto ou fala um caráter mais diferenciado, evitando a redundância.

Colaboração – É quando há uma situação de cooperação entre os agentes da comunicação. Exemplo:

Fábio pediu a Vinícius que o explicasse o trabalho de trigonometria e Vinícius o ajudou (colaboração).

Coerência – A coerência é a relação lógica entre as ideias de um texto, fazendo com que não haja contradição, a coerência que é responsável por encaixar as peças que formam o texto. Incluindo fatores, como: conhecimento prévio e intertextualidade, principalmente.

Exemplo¹: Não havia estudado para prova, logo tirou a nota mais alta da classe.

No exemplo acima pode-se notar a incoerência da frase, pois o segundo período contradiz o primeiro.

Exemplo ²: As pessoas da Etiópia passam fome devido e à desigualdade e pobreza de seu país.
Já este exemplo mostra-se coerente, pois une os dois períodos.

Situacionalidade – Diz respeito aos elementos que tornam o texto relevante para o receptor, todo texto deve ser destinada  a um certo contexto. Exemplo: 

Em um Jornal popular
Ora, meu Caro patriarca! Não procrastines a fatídica notícia que deve ser dada
No caso acima, percebemos que se este é um jornal local deve conter termos que sejam da língua coloquial, falada, o que não foi feito no caso.

Aceitabilidade – 
Está ligada ao receptor compreender e aceitar todo o significado que contém no texto. Exemplo:

No inverno Suíço podemos presenciar pessoas com muitas vestimentas de frio.

O exemplo acima é aceitável, pois possui coerência e permite que o receptor compreenda o significado do texto.

1) Como se dispõem, na prática, os elementos da comunicação?

elementos da comunicação

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Emissor: alguém que emite a mensagem (pode ser uma pessoa, um grupo, uma empresa, uma instituição).

Receptor: a quem se destina a mensagem. Pode ser uma pessoa, um grupo ou mesmo um animal, como um cão, por exemplo.

Código: a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código deve ser de conhecimento de ambos os envolvidos: emissor e destinatário.

Canal de comunicação: meio físico ou virtual que assegura a circulaçãoda mensagem, por exemplo, ondas sonoras, no caso da voz. O canal deve garantir o contato entre emissor e receptor.

Mensagem: é o objeto da comunicação, é constituída pelo conteúdo das informações transmitidas.

Referente: o contexto, a situação aos quais a mensagem se refere.